“Pança”, solo de Beto Magnani, entra em cartaz na Cia Pessoal do Faroeste, as sextas e sábados, 22h

A Cia Pessoal do Faroeste inicia o “Narrar é Resistir”, que será desenvolvido até o próximo ano com a previsão de montagem de um espetáculo, além disso o projeto terá uma ‘Ocupação teatral’ de três coletivos teatrais batizado de ‘Festival Quatro Estações – Primavera Vermelha’, que fará apresentações na sede do Faroeste, são eles; “Ribanceira” com Antonio Ginco, do Coletivo Trilha das Artes, “O Padre do Balão” com Aline Bala e “Pança” com Beto Magnani.

A tragicomédia de Leo Lama, com atuação de Beto Magnani, se inspira na forte ligação entre Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho Pança, personagens de Miguel de Cervantes, para evidenciar as mazelas das relações de poder em nossa sociedade. A montagem é uma parceria com a Quadrilha de Teatro Notívagos Burlescos, companhia teatral de Botucatu, interior de São Paulo, coordenada por Robert Coelho, que assina a direção do espetáculo.

Pança, que conduz toda a narrativa, é o segundo homem mais importante da maior potência econômica do planeta, braço direito do todo poderoso Dom Quixote. Sua tarefa é explicar para os iniciantes, aspirantes ao poder, quais são as regras do jogo. Pança passa pelo moedor grandes pedaços de carne diante de seus ouvintes, ao mesmo tempo em que esmiúça, com humor e requintes de crueldade, o funcionamento da economia mundial, a decadência do Estado de direito e a instabilidade das relações humanas em sua forma mais bruta.

Há uma atmosfera ritualística. Ele corta e moe pedaços de carne e prepara um hambúrguer, que é assado em uma churrasqueira elétrica e consumido enquanto conta as histórias de seu idolatrado chefe Dom Quixote. O lugar é indefinido, pode ser os fundos de um açougue, um galpão abandonado, um beco de rua”, explica Magnani, acrescentando que ao texto somam-se referências “Kafkianas” e “antropofágicas”, como, por exemplo, o boato de que Pança pode virar um cachorro.

 

 

A dramaturgia de Leo Lama expõe também o formato de funcionamento do tráfico de cocaína. Das hierarquias à logística, passando pelas consequências do produto na vida dos consumidores, a narrativa detalha a brutalidade desse submundo. Não há juízo de valor e sim um lúcido olhar sobre o tráfico como um modelo de negócio potente e estável, imune à crises da economia mundial, mesmo na ilegalidade, onde há, como em qualquer outra atividade econômica, consumidores, vendedores, produtores e investidores.

 

SERVIÇO

 “PANÇA”

Temporada: 02 de novembro a 22 de dezembro de 2018,

Local: Cia Pessoal do Faroeste

Endereço: Rua do Triunfo, 305

Tel: (011) 3362-8863

Dia\hora: Sexta e Sábado, 22h.

Ingressos: pague quanto quiser  (aceita cartões)

Capacidade: 40 lugares

Faixa etária: 14 anos

Duração: 55 minutos

FICHA TÉCNICA

 

Gênero: tragicomédia

Atuação: Beto Magnani

Texto: Leo Lama

Direção: Robert Coelho

Assistência de Direção: Johnny Faustino

Desenho de Luz: Osvaldo Gazotti

Trilha Sonora: Fernando Vasques

Cenário: Silvia Mokreys

Figurino: F.F. Kokocht

Assistência de Figurino: Gilda Vandendrande

Fotografia e Vídeo: Gabriel Seabra

Identidade Visual: Ton Prado

Produção Executiva: Gabriela Fiorentino,Ton Prado e Johnny Faustino

Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro

Realização: Quadrilha de Teatro Notívagos Burlescos

Ofício das Letras

Adriana Monteiro

Telefones: (11) 4563 7194 | (11) 9 94817953

adriana@oficiodasletras.com.br

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