Depois de temporada de sucesso em São Paulo, chega para curta temporada de duas semanas em Niterói a peça

A peça conta a história de Sharon, típica dona de casa da zona rural norte-americana – conservadora, solitária e sem perspectivas -, que aluga um quarto de sua casa para Robyn, uma novaiorquina cosmopolita, lésbica e vegana, à procura de sossego para recomeçar sua vida. O encontro entre as duas, e as revelações sobre o passado de Robyn, reviram a vida de ambas ao avesso.

 

A Inquilina conta a história de duas mulheres acima dos 50 anos que querem dar uma virada na vida. A partir de um encontro, elas se espelham e se revelam. Tão diferentes e com vidas tão distintas (uma mora no interior, outra, na metrópole), têm em comum a solidão – com suas dores e delícias – da desta nova fase da vida, já desobrigadas das demandas de filhos e casamento.
A peça da premiada dramaturga, escritora e romancista norte-americana Jen Silvermanencenada pela primeira vez no Brasil, joga luz sobre a necessidade de se romper com formas ultrapassadas e limitadoras de viver e entender a vida, num mundo que supervaloriza um período curto e restrito – a juventude – como sendo o único em que é possível se expandir e brilhar.
As fronteiras de todo tipo – geográficas, étnicas, etárias, culturais – vêm se diluindo neste mundo novo que aos poucos começa a entender que há lugar de afirmação para todos independentemente das características pessoais. O auge pode acontecer em qualquer idade. Onde há vida, há lugar para desejo e transformação – novas profissões, estudos, prazeres, amigos, sexo.
Para Luisa Thiré Carolyna Aguiar – 52 e 53 anos, respectivamente -, no auge e com inúmeros projetos no radar, diminuir a marcha não é uma opção. Instigadas pela provocação da peça, se misturam às personagens e, ao falar de si mesmas e de Sharon e Robbin, falam de todas e todos nós.
Mistério, humor, paixão e liberdade são ingredientes desta comédia dramática que fala da capacidade das mulheres 50+ (e de todos, a qualquer tempo) se reinventarem.
ATRIZES, MULHERES, AMIGAS
“Eu me sinto tão cheia de vontades, até mais esperta, mais viva que há alguns anos quando estava assoberbada de tarefas maternas, matrimoniais e de trabalho. É hora de olhar pra mim, saber como quero que o mundo me veja. O que é essa nova adolescência, quando a gente sai assim para o mundo.”, comemora Luisa.
Carolyna também não cogita aposentar nenhum departamento da existência: “Ela sempre me parece curta demais para tudo que eu ainda tenho pra descobrir. Depois de meio século, sinto que minha curiosidade, meu amor pela vida, meus medos e inseguranças, minha coragem e meu desejo não se arrefeceram. É só respirar fundo, olhar o fim do mar no horizonte, aprender uma música nova no piano, dançar ao vento… que uma onda de inocência, vigor, alegria e contentamento me invadem.”.
Amigas de colégio desde a adolescência, Luisa Thiré e Carolyna Aguiar são comadres (“Carol é madrinha do meu filho”) e, recentemente, atuaram juntas na peça A Guerra não Tem Rosto de Mulher, no Rio, São Paulo e Portugal. Em São Paulo, a peça foi indicada a prêmio de Melhor Elenco – o que sé aumentou a vontade de continuar a parceria.
SERVIÇO:
ESTREIA: 1º de setembro (6ªf), às 20h
ONDE: Teatro do Centro de Artes UFF– Rua Miguel de Frias, 09, Icaraí / Niterói
HORÁRIOS: sextas e sábados às 20h; domingo as 19h 
INGRESSOS: R$40 e R$20 (meia) 
HORÁRIOS BILHETERIA: diariamente, das 14h às 21h 
VENDAS ONLINE: www.guicheweb.com.br 
DURAÇÃO: 75 min  CLASSIFICAÇÃO: 16 anos 
GÊNERO: comédia dramática 
CAPACIDADE: 347 espectadores 
ACESSIBILIDADE: sim
TEMPORADA: até 10 de setembro
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