A São Paulo Companhia de Dança participa da 15ª Temporada de Dança do Teatro Alfa nosdias 15 e 16 de setembro – sábado, às 20 horas, e domingo, às 18 horas, com as coreografiasMelhor Único Dia, 14’20’’ e Odisseia. No ano em que comemora 20 anos, o Alfa recebe grupos que marcaram a trajetória do espaço ao longo desse período. Já se apresentaram neste ano oGrupo Corpo (2 a 12 de agosto) e a Cie. DCA (31 de agosto a 2 de setembro), da França.
Apresentam-se ainda a Cia de Dança Deborah Colker (20 a 30 de setembro) com uma nova versão do espetáculo Nó, de 2005; o casal de bailarinos Mats Ek e Ana Laguna (20 e 21 de outubro), que celebram em cena a maturidade e plenitude de quem domina seu ofício, e aTanztheater Wuppertal (29 de novembro a 2 de dezembro), companhia criada pela alemã Pina Bausch que reinventou a dança-teatro.
Sobre as apresentações da São Paulo Companhia de Dança
A São Paulo Companhia de Dança, companhia da Secretaria da Cultura do Estado dirigida por Inês Bogéa, traz coreografias de três grandes nomes da dança contemporânea: Henrique Rodovalho,Jirí Kylián e Joelle Bouvier. Melhor único Dia, de Rodovalho, apresenta um grupo de pessoas que cruzam a cena criando ondas de movimentos. 14`20, de Kylián é um duo que traz imagens fortes de um relacionamento humano entre duas pessoas que se encontram, se procuram e se perdem.Odisseia, de Joelle Bouvier foi inspirada nos intensos fluxos de imigrantes da nossa atualidade. Uma obra que apresenta uma narrativa poética, com 14 bailarinos na cena.
Melhor Único Dia (2017)
Coreografia e iluminação: Henrique Rodovalho. Música: Criação original de Pupillo com voz de Céu. Figurino: Cássio Brasil. Estreia mundial pela SPCD: 2018, Sesc Santos, Santos, Brasil.
Rodovalho comenta que neste trabalho experimenta movimentos expandidos e continuados a partir da relação dos bailarinos que permanecem todo o tempo em cena. “As referências sobre esta característica vieram de grandes grupos de animais em movimento e como se desenvolvem e se relacionam”, diz o coreógrafo. A obra trata sobre ‘o que tem de acontecer’, neste breve espaço de tempo de existência deste grande grupo, relacionado principalmente a algum tipo de prazer. Por isso, o nome Melhor Único Dia. “Para tentar traduzir, de alguma forma, a curta existência que se expressa por meio do movimento em grupo”, completa Rodovalho.
Sobre Rodovalho
É diretor artístico e coreógrafo residente da Quasar cia. De Dança, uma das mais importantes do Brasil. Sua linha de pesquisa é baseada na complexidade existencial do corpo e da alma. Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Mambembe e XXI Prêmio da Composição Coreográfica no México. A SPCD tem em seu repertório Inquieto, criado em 2011.
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14’20’’ (2002)
Coreografia e produção: Jirí Kylián. Assistente de coreografia: Nina Botkay. Música: Dirk Haubrich (nova composição baseada em dois temas de Gustav Mahler [1860- 1911]).Cenografia: Jirí Kylián. Figurino: Joke Visser. Iluminação: Kees Tjebbes. Supervisão de iluminação e cenário: Loes Schakenbos. Estreia mundial: 2002, em The Hague, Holanda, pelo Nederlands Dans Theater II. Estreia pela SPCD: 2017, em São Paulo, Brasil, no Teatro Sérgio Cardoso. Recomendado para maiores de 12 anos
14´20’’ é um extrato da obra 27’52´´ – cujo título refere-se à duração do espetáculo – de Jirí Kylián. Ao som da música eletrônica de Dirk Haubrich, entremeada por uma voz feminina em alemão e outra masculina em francês, vemos um duo que traz para cena questões de tempo, amor, vida e morte, temas recorrentes nas obras deste coreógrafo. Esta é a quarta obra de Kylián a compor o repertório da São Paulo Companhia de Dança (Sechs Tanze, Indigo Rose e Petite Mort).
Sobre Jirí Kylián
Um dos nomes mais importantes da dança mundial, tem como fundamento a técnica clássica revisitada de maneira contemporânea. Foi diretor artístico do Netherlands Dans Theater (NDT), em Haia, Holanda, por mais de 20 anos. Nesse período criou mais de 70 obras. Atualmente tem coreografias encenadas por diversas companhias do mundo. 14’20’’ é a quarta obra de Kylián a compor o repertório da SPCD, que já inclui: Sechs Tanze, Indigo Rose e Petite Mort.
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Odisseia – ESTREIA (2018)
Coreografia: Joelle Bouvier. Assistente de coreografia: Emilio Urbina e Rafael Pardillo. Música: trechos de Bachianas Brasileiras de Villa Lobos, Paixão Segundo São Mateus de Johann Sebastian Bach e Melodia Sentimental – Pátria Minha com poesia de Vinícius de Moraes, cantada por Maria Bethânia. Figurino: Fábio Namatame. Iluminação: Renaud Lagier.
Para Joelle Bouvier, um espetáculo é também um trabalho de comunicação, não somente com os bailarinos, mas também com o público. Assim surge Odisseia, obra criada especialmente para a Companhia, que apresenta uma viagem, um reencontro consigo mesmo. Inspirada pela questão dos imigrantes da atualidade, a coreógrafa procura construir uma estrutura dramática e poética sobre a ideia de mudança, de transição, de partir com a esperança de uma vida melhor. “Neste momento, somos todos sensíveis a esta questão, que é forte no mundo.”, comenta Joelle
Convidada por Inês Bogéa a criar uma obra com música de Heitor Villa Lobos, Bouvier explica que, como o compositor, se inspirou em Bach e procurou misturar fragmentos de sua composição “Paixão Segundo São Mateus” com fragmentos das Bachianas de Villa Lobos. Ao final temos na voz de Maria Bethânia, a Melodia Sentimental – Pátria Minha, com poesia de Vinícius de Moraes. A obra tem co-produção do Teatro de Chaillot na França e fará parte da Turnê Internacional da SPCD em 2019.
Sobre Joelle Bouvier
Fundadora da empresa L’Esquisse em 1980 com a coreógrafa Régis Obadia, com quem fez quinze trabalhos, Joëlle Bouvier, uma das pioneiras da Nouvelle Danse francesa naquela década, segue carreira solo desde 1998. Suas coreografias estão em turnê pelo mundo e seus curtas-metragens são estreados em inúmeros festivais. De 1986 a 1992 foi vice-diretora do Centre Choréographique National de Havre e de 1993 a 2003 vice-diretora do Centre National de Danse Contemporaine em Angers. Em 1992, recebeu o Grande Prêmio da associação francesa de autores e compositores sacd. O Ministério da Cultura da França lhe concedeu em 2000 a “Ordem das Artes e da Literatura”. “Roméo et Juliette” é o primeiro trabalho para o “Ballet du Grand Théâtre de Genève”. Para a coreografia seguinte, “Tristan et Isolde”, recebue o Prêmio da Crítica 2015.
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Serviço
São Paulo Companhia de Dança. 15 e 16 de setembro, sábado, às 20 horas, e domingo, às 18 horas. Duração: 60 minutos. Classificação: Livre, com exceção da obra 14’20’’, recomendada para maiores de 12 anos. Ingressos: Plateia superior – R$ 75 (inteira) e R$ 37,50 (meia). Plateia – R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia).
Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000. Site:www.teatroalfa.com.br. Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377. Acessibilidade – motora e visual. Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00. Capacidade: 1.110 lugares.
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Sobre a Temporada de Dança do Teatro Alfa – 2018
Nesta edição, estão reunidos os grupos mais fundamentais da trajetória do Teatro Alfa: A mítica companhia da coreógrafa alemã Pina Bausch(1940 – 2009), que em vida sempre priorizou se apresentar no Alfa em suas vindas ao Brasil; o Grupo Corpo, que desde 1998 tem se apresentado anualmente no Alfa, elegendo-o como o teatro de todas as suas estreias; o coreógrafo suecoMatsEk acompanhado da bailarina espanhola Ana Laguna, que dançam juntos pela primeira vez no Brasil; o francês Philippe Decouflé com espetáculo inédito que combina dança com música, circo, teatro, cinema e a influência das histórias em quadrinhos;a Cia. de Dança Deborah Colkercom releitura do espetáculo Nó e a São Paulo Companhia de Dança com coreografias do repertório e criação inédita de Joëlle Bouvier, da geração da “nova dança francesa”, movimento renovador surgido entre as décadas de 1970 e 1980.
Mesmo estando sempre presente na programação do Teatro Alfa desde sua inauguração (1998), foi a partir de 2004 que a dança ganhou uma temporada própria e protagonismo na sala de espetáculos. As mais destacadas companhias de dança do Brasil e da cena internacional têm marcado presença ano após ano. Para os espectadores e artistas da dança, o Alfa virou referência e criou laços que se aprofundaram com o tempo.
Pina Bausch costumava expressar grande satisfação pela sala de espetáculos – assim como o Grupo Corpo, que de 1998 até hoje se apresenta anualmente no Teatro Alfa. Também foi no Teatro Alfa que a Tanztheater Wuppertal, de Pina Bausch, passou a se apresentar exclusivamente a partir de 2000, quando apresentou o espetáculo Masurca Fogo. Pina Bausch e sua companhia retornaram em 2001 para estrear Água, criação inspirada no Brasil. Em 2006 trouxeram Para as crianças de ontem, hoje e amanhã. Em 2009, as apresentações de Café Müller e Sagração da Primavera se fundiram à comoção causada pela morte súbita da coreógrafa, dois meses antes. O retorno da Tanztheater em 2011, com Ten Chi, mostrou que a obra de Pina continuava mais viva do que nunca.
“‘Dance, dance, senão estamos perdidos’. A célebre frase da artista é fonte de evocação constante para todos os que conheceram e se apaixonaram pela obra desta extraordinária artista. Reencontrar o trabalho de Pina através da Tanztheater Wuppertal, a mítica companhia que continua mantendo vivo o legado da coreógrafa alemã, ganha significado especial nesta temporada que celebra os 20 anos do Teatro Alfa”, diz Elizabeth Machado, superintendente do Teatro Alfa. Em 2018, além da Tanztheater Wuppertal de Pina Bausch e do Grupo Corpo, a Temporada de Dança do Teatro Alfa traz mais quatro grandes atrações.
O coreógrafo sueco MatkEk e a bailarina espanhola Ana Laguna se apresentam juntos pela primeira vez em palcos brasileiros em uma celebração à dança da maturidade. Junto com Pina Baush, MatsEk compõe o rol de criadores mais potentes dos séculos 20 e 21. Contemporâneos, criaram linguagens distintas e transformadoras, com alta carga teatral. Ana Laguna já havia se apresentado no Teatro Alfa em 2010, junto com Mikhail Baryshnikov.
Agora ela volta para dançar Memory, com MatsEk, em um encontro raro nos palcos. O programa inclui mais uma obra do coreógrafo sueco inédita em palcos brasileiros: Axe, que será dançado por Ana Laguna e o bailarino YvanAuzely. A carga poética do espetáculo se completa com a exibição do filme OldandDoor, que mostra BirgitCullbert, pioneira da dança moderna na Suécia, dançando coreografia que seu filho, MatsEk, fez especialmente para ela em 1991. São cenas que nunca foram exibidas no Brasil.
Entre as várias gerações de criadores da arte da dança que têm marcado presença no Teatro Alfa destaca-se o francês Philippe Decouflé, cujos espetáculos oníricos, cheios de imaginação, encantamento e humor, chegaram ao Teatro Alfa em 2000, com Shazam!. Em 2018, Decouflé e seu grupo, o DCA, nos trazem novas delícias com NouvellesPiècesCourtes, que apresenta o talento interdisciplinar do coreógrafo em combinações incomuns entre dança, música, circo, teatro, cinema – além de forte influência das histórias em quadrinhos.
A dança brasileira também se destaca na programação de 2018. Além do Grupo Corpo, apresentam-se a companhia de Deborah Colker e a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), com seu repertório que reflete tanto os clássicos quanto a modernidade.Para a Temporada de 2018, Deborah Colker e seu elenco trazem uma releitura de Nó –espetáculo que marcou a estreia da companhia no Teatro Alfa, em 2005, e que inaugurou, na linguagem da coreógrafa, a busca de uma dramaturgia e de questões humanas universais.
Já a São Paulo Companhia de Dança, que se apresenta no Teatro Alfa desde sua fundação, em 2008, traz três coreografias neste ano. Além de Meu Único Dia, do brasileiro Henrique Rodovalho, e14’20”, do tcheco JiríKylián, outro criador fundamental da dança mundial, a SPCD realiza em nosso palco a estreia de uma criação de JoëlleBouvier, coreógrafa que pertence à geração da chamada “nova dança francesa”, movimento renovador surgido entre as décadas de 1970 e 1980.
História em Números
Entre 1998 e 2017, em suas Salas A e B (1.110 e 200 lugares, respectivamente), o Teatro Alfa apresenta 675 espetáculos. Entre todos os títulos, foram 7.249 apresentações, um público total (contando espetáculos artísticos, projetos sociais eventos) de 3 milhões e 145 mil pessoas e um público de espetáculos abertos (com venda de ingressos) de 2 milhões e 400 mil pessoas. Desde 2003, quando foi lançada oficialmente a Temporada de Dança, foram 762 apresentações para um público de 658.183 pessoas. Participaram 47 companhias internacionais e 18 nacionais durante esses anos. “Tomamos a decisão de trabalhar com foco na dança em 2003, mas a primeira edição vendida sob a forma de assinatura aconteceu em 2004″, informa Elizabeth Machado. “Se quisermos considerar os números só a partir de 2004, teremos 738 apresentações e um público de 636 mil e 871 pessoas”, completa. Na abertura do teatro, em 1998, viram para cá CirqueEloize, AlwinAiley American Dance Theater, The Parsons Dance Company e TwaylaTharp Dance Company, além das nacionais Mimulus Cia de Dança e Cia de dança do Amazonas.
Programação Completa da Temporada de Dança 2018
Grupo Corpo – 2 a 12 de agosto
Quarta e quintas, 21 horas; Sextas, às 21h30; Sábados, às 20 horas; Domingos, às 18 horas
Gira (2017) e 21 (1992).
Cie. DCA – Philippe Decouflé – 31 de agosto a 2 de setembro
Sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
NouvellesPiècesCourtes (2017)
São Paulo Companhia de Dança – 15 e 16 de setembro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Melhor Único Dia (2017),14’20” (2002) e uma estreia de JoëlleBouvier
Cia. de Dança Deborah Colker – 20 a 23 de setembro e 26 a 30 de setembro
Terça a quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Nó (2005 – releitura)
MatsEk e Ana Laguna – 20 e 21 de outubro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Memory (2004), Axe (2015) e Old and Door (1991)
Tanztheater Wuppertal/Pina Bausch– 29 de novembro a 2 de dezembro
Quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Néfes (2003)
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Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000. Site:www.teatroalfa.com.br. Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377. Acessibilidade – motora e visual. Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00. Capacidade: 1.110 lugares.
Sobre o Teatro Alfa
O Teatro Alfa completa 20 anos de operação em abril de 2018. Nesse período, fez 7.190 apresentações para um público de 3.146.458 pessoas, conquistando espaço relevante na cena cultural da cidade de São Paulo. Administrado pelo Instituto Alfa de Cultura, o Teatro Alfa é um teatro privado que mantém temporadas regulares nas áreas de dança e teatro infantil, apresentando também espetáculos musicais de grande porte, música erudita e popular e teatro adulto. O Teatro Alfa foi idealizado para múltiplo uso e equipado com excelente mecânica cênica, iluminação e sonorização. A sua manutenção exemplar o mantém em perfeito estado de conservação e investimentos são feitos para constante atualização técnica. Com duas salas, os espaços são versáteis e acomodam todo tipo de espetáculo. O Teatro Alfa acolhe com total adequação espetáculos de dança, óperas, orquestras, música popular, teatro e musicais, além de dispor de ótima infraestrutura para realização de congressos e seminários. Segundo a avaliação de artistas produtores, companhias e do público, o Teatro Alfa supera as expectativas por ser conduzido por uma equipe altamente qualificada, apta a receber produções sofisticadas e de grande exigência técnica.
Na Sala A, com capacidade para 1110 lugares, a plateia foi projetada para envolver o palco, permitindo sua melhor exploração. De qualquer uma de suas poltronas, o público tem total conforto e uma visão privilegiada dos espetáculos. A Sala B, com capacidade para 200 lugares, abriga teatro adulto, infantil e música. Inaugurada por Raul Cortez, por lá já passaram nomes como Marco Nanini, Yamandú Costa, Helena Meirelles (último espetáculo de sua carreira), Nuno Mindelis, Ricardo Herz, Walderez de Barros, Selton Melo e Angela Dip, entre outros.